QIGONG – Chi Kung
O Qigong é um importante ramo da medicina chinesa praticada há milhares de anos e que se baseia, nos conceitos de “energia” e “ meridianos”, ou canais, que existem no corpo humano, e pelos quais circula o Qi, ou a energia vital. O Qigong recorre um certo tipo de metodologia que procura cultivar, regular e aproveitar o Qi (energia vital, força de vida) para auto preservação da saúde, cura, autodefesa, longevidade e desenvolvimento espiritual.
O Qigong pode ser definido como “forma de trabalhar com a energia da vida”. Há basicamente três ramos de Qi Gong: médico (utilizado para a cura), espiritual (por autoconhecimento), e arte marcial (para autoproteção). Qi gong respeita a harmonia e os ritmos naturais biológicos, podendo ser praticado diariamente para manutenção da saúde e prevenção de doenças. O Qigong médico, pode ser “interno” ou “externo”, o primeiro praticado de forma ativa através de um conjunto de exercícios combinados com a respiração. O segundo é praticado de forma mais passiva, em que o Qi é projetado sobre o paciente, a fim de promover a saúde do destinatário ou a circulação de Qi. O Qigong, é pois a arte de gerir e conduzir a energia e a respiração para alcançar e manter uma boa saúde. Ao nível das artes marciais, é praticado para aumentar a resistência do corpo, em coordenação com o processo físico da respiração. O Qigong é uma prática terapêutica não invasiva, que procura a recuperação e a cura em vários passos: meditação, limpeza, fortalecimento, circulação do Qi, dispersão da estagnação da energia, recarga energética.
Alguns estudos mostram evidências fortes, quanto ao uso do Qigong interno, no caso da hipertensão, e noutros casos, como por exemplo no tratamento da ansiedade e tratamento da dor. Umas séries de outras indicações, sobre as quais decorrem estudos e investigações, respeitam à arteriosclerose, angina de peito, deficiências imunológicas, doença de Parkinson, défice de atenção e transtornos da hiperatividade. Outras áreas também mencionadas, e às quais se poderiam aconselhar a prática do Qigong, embora sobre estas não haja ainda estudos absolutamente conclusivos, são: doenças cardiovasculares, depressão, doenças gastrointestinais, défice de sono, distúrbios neurológicos, problemas respiratórios, prevenção de acidentes cardiovasculares, diminuição do abuso de substâncias, entre outros.
Na medicina tradicional chinesa (MTC), o Qigong é considerado benéfico para uma grande variedade de condições médicas. Muitos praticantes acreditam que há um papel importante a desempenhar pelo Qigong no tratamento de algumas situações crónicas (como por exemplo, a síndrome da fadiga crónica, a osteoporose, a hipertensão, úlceras gástricas, e asma, entre outros). O Qi gong, sendo geralmente considerado seguro para a maioria das pessoas, a sua prática exige que se recorra a um instrutor qualificado. Em casos de doenças potencialmente graves, o Qigong não deve ser utilizado como o único tratamento, e deverá o paciente recorrer a profissionais que ofereçam terapias mais comprovados para a sua patologia.
O Qigong interno envolve ativamente o paciente na sua recuperação, e é uma prática segura, para a população em geral, devendo sempre ser praticado com moderação e sob orientação de professores certificados. Os seus benefícios para a saúde mental, emocional e física poderão ser comprovados com a sua prática regular. Ler mais ...